A transformação digital ganhou protagonismo em praticamente todas as áreas de negócio no ano passado. Agora, a expectativa é de que o “novo normal” impulsione ainda mais a inovação. Mas o que você e sua empresa estão priorizando como estratégias de crescimento? Quer saber como fazer sua startup crescer em um ambiente incerto?

Conversamos com a gerente de estratégias de negócios da GrowthHackers, Emília Chagas, para trazer a você três dicas de como sua empresa ou startup podem crescer em um ambiente de incertezas. 

A GrowthHackers faz parte da Comunidade iDEXO e atua com o princípio de marketing orientado a experimentos. A solução é um sistema para gestão de times de marketing e crescimento (growth) que oferece desde gestão de ideias, testes, centralização de métricas e objetivos, até os aprendizados obtidos no percurso. A finalidade é encontrar oportunidades que gerem resultados rápidos para o crescimento da empresa.

Confira as dicas:

1 – Cresce mais quem experimenta

O relatório State of Growth (estado de crescimento) 2021, realizado pela startup, aponta que, na América Latina, realizar experimentos é o principal desafio para 61% dos profissionais que trabalham com marketing, design, dados e crescimento de produtos.

Portanto, acelerar experimentos é exatamente uma das principais estratégias identificadas pelo levantamento da GrowthHackers para o crescimento das empresas. Segundo o relatório, 22,7% das equipes ouvidas estão lançando mais de 10 experimentos por mês.

“No nosso relatório anual, a correlação que encontramos entre as empresas que mais crescem é o volume de experimentação delas. Uma coisa que eu diria para as outras startups é que acelerem os experimentos que já rodam. Tomem decisões com mentalidade científica. Qual a hipótese por trás de cada teste? Quantifique, rode o teste e depois implemente. Faça isso de forma processual e contínua”, afirmou a gerente de estratégias de negócios da GrowthHackers, Emília Chagas, em entrevista ao Blog NUVEM.

O State of Growth 2021 ouviu mais de 2 mil profissionais na América do Norte, América do Sul, Oceania, Ásia, Europa, África e Oriente Médio, entre setembro e dezembro de 2020. O relatório mostra ainda que 31% das empresas que têm entre 201 e 1 mil funcionários estão lançando mais de 10 experimentos por mês. 

“Hoje vemos que as maiores empresas são as que mais experimentam. A Amazon, que há dez anos atrás não estava na lista das dez marcas mais valiosas e hoje lidera a lista, roda 2 mil testes por ano. A Netflix faz mais de 1 mil, a P&G, mais de 7 mil testes. Enquanto que o Facebook, realiza mais de 100 mil testes por ano.”, exemplifica a gerente de estratégias de negócios.

2 – Mais que inovação é preciso a melhor experiência 

O ano de 2020 mostrou que quem estava atento à transformação digital deu os primeiros passos mais rápido para sair da crise ou evitar que entrasse nela. Agora, é preciso mostrar que, o que você oferece, é o que o seu usuário precisa.

De acordo com Emília, melhorar a experiência e inovar são as ferramentas fundamentais para se posicionar no mercado. Para ela, quem está tomando a decisão pelas empresas hoje não é mais o gerente de área ou o CEO e sim o usuário. 

“Entre o volume de produtos sendo ofertados digitalmente e o volume de consumidores buscando por produtos no digital, o número de consumidores ainda é maior. Ambos cresceram, mas a lacuna de mercado ainda existe. Vemos uma necessidade das corporações de se digitalizar e entregar ao seu consumidor a melhor experiência”, explicou.

3 – Tenha rituais de desenvolvimento

O relatório State of Growth 2021 também perguntou aos entrevistados sobre estratégia, ferramentas usadas e reuniões de crescimento. E para a gerente de estratégias de negócios da GrowthHackers, a construção desse pilar também depende de rituais de gestão. 

“Hoje, por exemplo, implementamos o OKR (objetivos e resultados-chave) do ano e quebramos ele em trimestres. Dentro do nosso planejamento de gestão temos três grandes rituais. O primeiro é o de alinhamento, que contempla os OKRs; o segundo é o de reconhecimento, em que fazemos avaliação do time; e o terceiro é o de desenvolvimento, quando damos feedbacks e também avaliamos a necessidade de desenvolvimento do time. E eles se retroalimentam”, explica Emília Chagas. 

A profissional ressalta que a GrowthHackers está sempre medindo os resultados, avaliando e, a partir deles, tomando os próximos passos.

A experiência de Emília mostrou que os experimentos são a base de qualquer equipe de crescimento. Foi assim que a startup cofundada por ela, a Contentools, se uniu ao conceito Growth Hacking, implementado por Sean Ellis, e à GrowthHackers, startup criada por ele. Assim, expandiu seus negócios e hoje atuam juntos internacionalmente.

“O que traz crescimento é otimizar pelo aprendizado e não pelo barulho. Acelerando aprendizado com o cliente vamos acelerar resultados do negócio”, ressalta Emília Chagas.