Ao olhar para os últimos 10 meses deste ano é possível ter a dimensão de como os negócios tiveram que mudar e se adaptar em razão da pandemia do novo coronavírus. Na prática, o que profissionais, empresas e startups aprenderam sobre como se transformar seus negócios e se aproximar de seus clientes? 

Diante de todas essas transformações o iDEXO SUMMIT 2020, evento focado em inovações e tendências do ecossistema de startups, contou com a participação de 16  profissionais que se depararam com esses desafios, os encararam e encontraram respostas para atender as demandas de cada um dos seus mercados como TOTVS, Mercado Livre, Zaitt, iFood, Rappi, Zendesk, Menu e Medicinae

Se você quer rever esses momentos ou compartilhar com outros profissionais, confira aqui seis dicas apresentadas por eles e tenha acesso aos vídeos completos. 

1 – Entenda  o perfil dos clientes para construir uma boa relação

Muito mais do que vender, uma das lições em comum apresentada no painel sobre as transformações do varejo durante a pandemia foi exatamente a necessidade de mudança para atender os anseios de seus clientes e as novas demandas trazidas por eles no decorrer de um ano tão desafiador, como 2020. 

“Se antes, a sua vitrine era no espaço físico, hoje ela é sua página na internet. Então, entender quem é o seu cliente, construir uma relação e fidelizá-lo deve ser o foco”, explicou o head of growth projects na startup Menu, Leandro Freire, que viu seu negócio crescer cerca de 50% ao mês nos últimos três anos. A startup conecta diretamente indústrias de alimentos e bebidas com bares e restaurantes.

O presidente da Zaitt, Rodrigo Miranda, compartilha da mesma opinião e ressalta que “a primeira experiência do cliente pode significar a retenção dele, porque ele entenderá que isso atende a dor dele”. A startup é um marketplace que se identifica como um mercado 100% autônomo.

2 – Coloque as pessoas no centro das decisões 

A CEO do Gympass, unicórnio de atividades físicas que pivotou durante a pandemia, Priscila Siqueira, trouxe exatamente o exemplo de mudança radical no modelo de negócios da startup que para sobreviver a pandemia e as necessidades de seus clientes, academias cadastradas e plataformas por conta da pandemia e o isolamento social. 

O Gympass passou de uma startup de benefícios corporativos de academia para uma plataforma de bem-estar que oferece atividades online. “Deixamos de olhar só para o pilar da atividade física e olhar para a saúde como um todo. Porque o importante são as pessoas. São elas que fazem acontecer”, reforça. 

Além da apresentação da Priscila no iDEXO SUMMIT, você pode conferir uma entrevista exclusiva que ela concedeu ao nosso blog NUVEM.

3 – Utilize soluções financeiras para simplificar os negócios

Se o PIX – meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central que permite realizar transações bancárias em menos de 10 segundos – é um dos assuntos mais comentados do momento, torna-se  a prova de que as soluções de serviços financeiros estão conquistando novos setores da economia. 

O mercado B2Bnão poderia ficar de fora. “Vimos durante essa pandemia médicos que não estavam preparados a questões de fluxos financeiros das clínicas, agora nos procurarem para receber uma consultoria de como aplicar soluções que facilitem o dia a dia deles e seus  pacientes”, explica Rafael Coda, CEO da startup de antecipação de pagamentos na área da saúde Medicinae Solutions.

O exemplo apresentado por Coda é apenas um dos que são possíveis quando falamos do mercado de fintechs. Thomas Barth, diretor desta área no Grupo Movile – composto por sete empresas como iFood, PlayKids e Sympla -, conta que a empresa tem se atentado à demanda do mercado e hoje dispõe de duas fintechs: a Movile Pay e a Zoop. A primeira oferece crédito e serviços bancários (conta e carteira digital), e a Zoop atua nos segmentos de meios de pagamento, “banking as a service” (BaaS) e crédito.

“Estamos usando inteligência artificial para criar modelos de oferta de crédito, prevenção a fraude, biometria, tecnologia de autenticação, e experiências melhores de navegação. Tudo isso referendado pela tecnologia e a experiência do usuário”, garante Bath.

4 – Inove para ter agilidade e  atender melhor o cliente

Entender que a transformação digital não está relacionada apenas a tecnologia é um passo destacado por Lisiane Lemos, cofundadora da Conselheira 101 e especialista em transformação digital. De acordo com ela, entre as consultorias oferecidas percebeu que as empresas relacionam a  inovação a construir algo novo. Quando que para Lemos, o assunto está mais relacionado em identificar de forma mais rápida o que atende melhor o cliente. 

“É preciso entender qual o impacto que seu negócio gera na vida das pessoas. A tecnologia ajuda a pensar no cliente e desenvolver um produto para ele. E, assim, garantir experiências e relacionamentos mais transparentes, humanos e relevantes”, completou a líder de experiência do consumidor na LivUp, Viviane Kim.

5 – Entregue mais do que um produto ou serviço. Entregue experiência!

Se o comportamento do cliente mudou de março para cá, o que é preciso fazer para se adequar e entregar o que ele espera? Foi a partir dessa questão que a Rappi entendeu como deveria atuar neste ano. A diretora global de supermercados, farmácias e bebidas da startup, Ana Paula Bogus, conta como em 2020, foi preciso traçar novas estratégias para se aproximar do cliente.

De acordo com ela, a Rappi entendeu que existem serviços e novas verticais que podem complementar a vida do usuário, e que os clientes e parceiros são a prioridade, por isso, precisam ser colocados no centro das decisões todos os dias. “Mais do que nunca estamos falando de pessoa para pessoa. Cada um de nós somos usuários e clientes. E acredito que, se nos colocarmos no papel de usuário das nossas empresas todos os dias, vamos entregar as melhores soluções”, declarou Ana Paula Bogus.

6 – Busque a inovação para além da sua empresa/startup

É preciso entender que a presença de inovação aberta, que conecta a empresa a parceiros externos para gerar soluções,  em grandes empresas é uma realidade e deve ser expandida. Um exemplo disso é a própria TOTVS. A maior empresa de software de gestão do Brasil, com mais de 40 mil clientes, que tem o iDEXO como fonte de inovação e conexão com novas soluções de startups.

Para o VP de Estratégia e Novos Negócios na TOTVS, Juliano Tubino, trabalhar com tecnologia é contar com uma diversidade de possibilidades. “Fala-se muito em experiência do consumidor e que isso atraiu novas tecnologias. Mas nós somos o que o nosso ecossistema é, portanto, o seu nível de sofisticação vai até onde seu cliente pode ir”, reforça Tubino. O conteúdo completo, você assiste aqui

Se você perdeu o evento, pode acessar os vídeos na íntegra no nosso canal do YouTube.